O governo planeja cortar mais impostos e contribuições para estimular a economia e tornar a produção brasileira mais competitiva, confirmou em Brasília o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, segundo informou o Estado ontem. O incentivo adicional pode ser de R$ 15 bilhões, segundo fontes consultadas pelo jornal, e a renúncia total prevista para o ano estaria estimada em R$ 85 bilhões. Até a votação do Orçamento, transferida do fim do ano passado para o começo de fevereiro, o Executivo poderá negociar a mudança com parlamentares. Por enquanto, impõem-se as dúvidas de sempre, e a primeira é, obviamente, sobre de onde sairá o dinheiro para mais essa renúncia fiscal.
Poderá sair de um aumento da tributação, de cortes de gastos, de uma combinação desses dois expedientes ou de uma redução da meta de superávit primário, por enquanto equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para 2013. Se esses arranjos forem insuficientes, sempre se poderá, como em outras ocasiões, recorrer à contabilidade criativa e maquiar os resultados. A presidente Dilma Rousseff e seus principais auxiliares têm-se mostrado fraquinhos como formuladores e condutores de política econômica, mas têm-se esforçado, é preciso reconhecer, como maquiadores de desastres. Apesar do empenho visível, no entanto, o resultado tem sido pífio. Leia AQUI