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Armadilha da corrupção

O prefeito Fernando Haddad e os partidos que o apoiam, a começar pelo PT, estão dando claros sinais de que vão promover o loteamento político das Subprefeituras, indiferentes aos graves riscos que isso representa. Seduzidos pelas vantagens imediatas que isso pode lhes dar – tanto fortalecendo redutos eleitorais de aliados como facilitando a aprovação de matérias de seu interesse na Câmara Municipal -, eles fecham os olhos à experiência recente que mostra que esse toma lá dá cá acaba mal.

Nesse terreno, Haddad havia começado bem, pois logo depois de sua posse criticou a indicação de políticos ou seus apadrinhados para as 31 Subprefeituras, cargos para os quais escolheu técnicos. Aceitou que, no máximo, os partidos que o apoiam indicassem chefes de gabinete para aquelas unidades administrativas. Essa prudente determinação, que correspondia à necessidade tanto de eficiência como de moralização da administração pública, não durou muito.

Pouco mais de um ano depois, o prefeito está cedendo à pressão do PT e de outros partidos de sua base de apoio, que desde o início do governo vêm reclamando maior espaço na administração, o que significa tirar os técnicos e colocar políticos nos postos de comando, os quais em seguida nomeiam seus apadrinhados para os cargos subalternos. Em resumo, apesar do discurso moralista do PT e de seus aliados ditos de esquerda – sempre prontos a apontar o dedo acusador para seus adversários -, trata-se pura e simplesmente de repetir as velhas práticas fisiológicas que dominam o setor público. Leia AQUI

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