Só com uma criatividade escandalosa, ou com uma sorte quase inimaginável, o governo conseguirá apresentar no fim de 2014 um resultado fiscal parecido com o anunciado no começo do ano – um superávit primário de R$ 99 bilhões. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, continua prometendo alcançar a meta. Já havia prometido no mês anterior, ao apresentar os números de maio, e mantém sua exibição de otimismo. O superávit primário é o dinheiro separado para o serviço da dívida – pelo menos para uma parte dos juros, como tem ocorrido no Brasil. Depois de um péssimo primeiro semestre, o governo terá apenas seis meses, em condições muito desfavoráveis, para produzir pouco mais de 70% do prometido. O resultado primário acumulado de janeiro a junho chegou a modestíssimos R$ 29,38 bilhões. Esse valor ficou 43,67% abaixo do alcançado um ano antes e corresponde a apenas 29,68% do programado para o ano inteiro. Leia AQUI.