A operação da Polícia Federal que fez uma devassa no gabinete da Presidência da República em São Paulo trouxe à tona as atividades de uma curiosa personagem: Rosemary Nóvoa Noronha. Embora desconhecida do grande público, ela era quase uma celebridade nos bastidores do poder. “Rose”, como é conhecida, tratava de indicações para estatais, agências reguladoras e autarquias, mesmo sem poder formal para tamanho desembaraço. Quem queria garantir um espaço na máquina estatal sabia que contar com a chefe do escritório presidencial na capital paulista era um bom atalho. “Pede à Rose, manda o currículo para ela”, era uma frase comum entre petistas próximos. As investigações mostram, no entanto, que muitas vezes Rose era uma simples intermediária de interesses escusos de terceiros. Afinal, alguns de seus indicados detinham muito mais poder que ela e a tratavam, posteriormente, como mera – e às vezes gananciosa e inconveniente – facilitadora. Leia AQUI