O Banco Central deve reduzir a projeção de crescimento da economia neste ano no relatório trimestral de inflação, que será divulgado no fim de junho. A expectativa do mercado é de que a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) caia dos atuais 2% para algo entre 1,5% e 1,7%, taxas mais compatíveis com as estimativas de analistas privados. O BC, sob o comando de Alexandre Tombini, já sinalizou, por meio da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que o ritmo da atividade está mais fraco que o previsto, devido à falta de confiança das famílias e das empresas nos rumos do país.
A nova previsão do BC para o PIB será fechada depois dos encontros que o diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton, terá com economistas do mercado. Hoje, ele conversa com uma leva de especialistas em São Paulo. E deve se preparar. A perspectiva é de que os interlocutores tracem um quadro dramático para a atividade. “Todos os indicadores nos levam a crer que a situação da economia vai piorar nos próximos meses, com retração do PIB no segundo trimestre”, diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. “Não há nada no horizonte que confirme o discurso otimista do governo. Muito pelo contrário”, acrescenta. Leia AQUI.