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Câmara abre sindicância para apurar denúncias contra Lupi

G1

Segundo jornal, ministro foi servidor ‘fantasma’ da Câmara dos Deputados.
Comissão terá 60 dias para apurar; Lupi não se manifestou nesta quinta.

A presidência da Câmara dos Deputados determinou nesta quinta-feira (24) a abertura de sindicância para apurar denúncias de que o ministro do Trabalho, Carlos, Lupi, teria acumulado, durante quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos (Câmara dos Deputados e Câmara Municipal do Rio de Janeiro). Também será investigada denúncia de que Lupi teria sido funcionário “fantasma” da Câmara entre 2000 e 2005.

O ministro ainda não se manifestou sobre o assunto nesta quinta (1º). De acordo com a “Folha de S.Paulo”, ele disse que, “caso seja comprovada irregularidade”, devolverá os valores que eventualmente tenha recebido a mais. Nesta quarta (30), a Comissão de Ética Pública recomendou à presidente Dilma Rousseff a demissão do ministro. A presidente pediu à comissão que informe quais “elementos” embasaram a sugestão.

Para apurar as circunstâncias em que Lupi atuou como funcionário, a Câmara criará uma comissão de sindicância, formada por três funcionários indicados pela Diretoria-Geral. O grupo terá 60 dias para apresentar um relatório com as conclusões da investigação.

Segundo a assessoria da presidência da Câmara, informações preliminares dão conta de que a legislação vigente quando Lupi era funcionário permitiam que o cargo ocupado por ele fosse exercido fora de Brasília, o que atualmente é proibido. No entanto, o caso será analisado de forma “criteriosa” na sindicância.

Denúncias
Segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, Lupi atuou como funcionário da Câmara, lotado na liderança do PDT, entre dezembro de 2000 e junho de 2006, mas não comparecia a gabinete, em Brasília. De acordo com o jornal, ele se concentrava em atividades partidárias no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o jornal, enquanto era assessor do PDT na Câmara, Lupi também ocupava o cargo de assessor de um vereador da legenda na Câmara Municipal do Rio, a quase 1,2 mil km da capital.

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