Apesar das promessas do Banco Central (BC) e do controle do governo sobre os preços administrados, a inflação oficial do país encerrou o ano passado superior à de 2012, de 5,84%. Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 5,91% em 2013, pressionado pela taxa de dezembro que superou o teto das expectativas de bancos e corretoras. Foi o quarto ano seguido em que a inflação ficou acima do centro da meta de 4,5%, mas não estourou o teto de 6,5%. O presidente do BC, Alexandre Tombini, considerou a inflação resistente e culpou a desvalorização cambial, a alta dos salários e dos transportes pelo índice não ter cedido.
No último mês do ano, o reajuste da gasolina, a alta de passagens aéreas e os alimentos mais caros pesaram. O IPCA subiu 0,92%, quando o mercado esperava 0,82%. Foi a maior taxa desde abril de 2003 e levou analistas a estimar que a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10%, suba para 11%.