A presidente Dilma Rousseff gastou 52 minutos de oratória, depois das apresentações de quatro membros de sua equipe, tentando vender a 350 convidados e potenciais investidores, em Nova York, a imagem de um governo sério, confiável e comprometido com a manutenção de sólidos fundamentos econômicos. O discurso presidencial encerrou um seminário sobre oportunidades de investimentos em infraestrutura no Brasil. Duas semanas antes, havia fracassado a primeira licitação do programa nacional de rodovias, porque o governo, em um ano, havia sido incapaz de conceber um modelo atraente para o setor privado. Poucos dias depois desse fiasco, apenas 11 das 40 empresas petroleiras esperadas inscreveram-se para participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal, programado para outubro. Ontem, um dia depois do seminário no principal centro financeiro do mundo, a revista britânica The Economist circulou com uma reportagem de 14 páginas sobre a estagnação da economia brasileira nos últimos anos, os problemas estruturais do País e as consequências do intervencionismo e até de suas pressões para o Banco Central (BC) reduzir os juros.
Se tivesse chegado um dia antes a Nova York, a revista proporcionaria um expressivo contraponto ao recitativo da presidente, dos ministros da Fazenda e do Desenvolvimento, Guido Mantega e Fernando Pimentel, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e até do presidente do BC, Alexandre Tombini, recrutado para a equipe caçadora de investimentos.
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