SÃO PAULO – Tornou-se regra entre os grupos de centro-esquerda no poder na América Latina defender a democratização dos meios de comunicação. Os graus de empenho variam. Nos lugares onde o populismo é mais explícito e a economia não vai bem, a disputa entre o governo e a mídia tradicional pode assumir contornos dramáticos, como é o caso da Argentina. Já no Brasil, a discussão surge em espasmos e tende a ser empunhada por lideranças mais afastadas do centro do poder.
Também sou ferrenho defensor da democratização, definida como a ampliação das fontes de informação a que os cidadãos podem recorrer. Receio, porém, que essa seja uma bandeira do passado. Na verdade, é preciso ter perdido o trem da história para não se dar conta de que estamos no meio de uma revolução tecnológica, cujo efeito mais visível foi elevar exponencialmente a quantidade de informações à disposição da sociedade e diversificar suas origens. Leia AQUI