A mais recente manifestação formal do PT contra o desfecho judicial do mensalão, feita pelo seu presidente Rui Falcão, revela a determinação do partido de levar às últimas consequências a política de redução de danos eleitorais com o episódio.
Depois do Supremo Tribunal Federal, chegou a vez dos médicos, os manipuladores da hora, que ousaram divulgar um laudo técnico minimizando os diagnósticos tão convenientes quanto leigos sobre a saúde do deputado José Genoíno.
Se limitada a uma sincera preocupação com seu ex-dirigente, o PT investiria objetivamente em questionar a capacidade do sistema penitenciário de garantir ao ainda deputado o tratamento adequado à sua enfermidade e não em contestar um diagnóstico que afasta o risco de vida, também respaldado pela Câmara dos Deputados, ao negar o pedido de aposentadoria por invalidez de Genoíno.
Mas a questão continua sendo a de sustentar a tese da prisão política como resultado de uma conspiração das forças conservadoras contra o projeto popular do partido – e, para isso, preservar o mandato dos parlamentares da legenda – e só destes -, é de fundamental importância. Às favas os escrúpulos, que atropelam a escandalosa exclusão dos parlamentares dos demais partidos condenados no mesmo pacote. Leia AQUI