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Devagar, quase parando

Uma das inverdades mais repetidas pela presidente Dilma Rousseff, o mito de um Brasil em crescimento num mundo em recessão, continua sendo desmentida por números oficiais. A estagnação da economia foi mais uma vez confirmada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), usado por especialistas do setor privado como prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Esse índice cresceu 0,04% de outubro para novembro, quase nada, e ficou 0,49% abaixo do nível de um ano antes, na série depurada de efeitos sazonais. Encolheu 0,12% no ano e diminuiu 0,01% nos 12 meses até novembro. Com esse quadro se reforça, de novo, a estimativa de crescimento econômico muito próximo de zero em 2014. Os dados conhecidos, ainda incompletos, confirmam a avaliação de um fecho desastroso para o primeiro mandato da presidente reeleita – um final de ópera dramática para uma comédia de erros.

O enfraquecimento da indústria e o corte de empregos industriais tornam o cenário especialmente sombrio. No mundo avançado, o fenômeno rotulado como desindustrialização é explicável principalmente por dois fatores: 1) a transferência de fábricas para economias onde a mão de obra é mais barata e as políticas ambientais, menos severas; e 2) a expansão de um setor de serviços moderno, produtivo e em boa parte vinculado ao desenvolvimento de novas tecnologias. Embora diferentes, os dois fenômenos afetam de maneira semelhante a composição estatística do PIB nos países desenvolvidos. O caso brasileiro é outro. Leia AQUI.

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