11 de abril de 2022 | 15h38
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 11, que defende a ampliação de forças do centro democrático para ter uma candidatura única ao Planalto, “que não será partidária, e sim coletiva”. A fala foi dada durante almoço debate com empresários organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
“Estou participando (dessa negociação) e este é o caminho para romper a polarização”, disse em referência à aliança formada entre dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania. As legendas confirmaram que lançarão, no dia 18 de maio, um candidato único à Presidência. Estão no páreo o próprio Doria, Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União).
“Teremos um nome para romper a bolha, a terceira via é a via da esperança”, completou o tucano, reforçando a necessidade de se lançar um nome competitivo que se mostre como alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Doria destaca agendas prioritárias e se coloca como ‘liberal-social’
Em tom de campanha, Doria aproveitou o evento para destacar suas agendas prioritárias caso seja eleito presidente da República, colocando-se como “um liberal-social”.
Na área econômica, o ex-governador defendeu a aprovação de reformas, especialmente a tributária, por meio da PEC 45, para simplificar a tributação e estimular o crescimento. “Governo que entra tem que ter coragem de fazer as reformas de imediato. Ou você faz isso quando tem força e prestígio do resultado eleitoral, ou não faz”, disse. Doria defendeu, mais uma vez, a privatização da Petrobras, dividindo-a em três ou quatro empresas.
O tucano aproveitou para elogiar a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer (MDB), que, segundo Doria, “foi uma grande conquista ao Brasil”. “Se eleito presidente da República, não faremos nenhuma alteração na reforma trabalhista Reforma que permite ao trabalhador ter a oportunidade de trabalho”, declarou. Lula, em declarações à imprensa, defendeu a revogação de pontos da reforma aprovada durante a gestão Temer.
Apesar de ser adepto à atuação do setor privado na gestão pública, o ex-governador ponderou que “o governo não pode ser omisso em relação aos mais pobres e vulneráveis”. “Essa faixa no Brasil dobrou de tamanho pela incompetência do atual governo e pela pandemia”, afirmou.