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Editorial: a crise maior é de confiança

O governo precisará de muito mais que reservas acima de US$ 370 bilhões, uma boa safra e um nível de emprego ainda elevado para enfrentar com alguma tranquilidade os próximos meses e – bem pior – a aproximação das eleições de 2014. Para avançar sem grande risco, a presidente Dilma Rousseff terá de reconquistar a confiança geral em sua política e, portanto, no futuro do País. Nenhum governo sem rumo preserva sua credibilidade por muito tempo, e a falta de rumo e de realizações relevantes é hoje evidente até para os menos informados. Os mais informados perceberam a piora do quadro econômico há muito mais tempo e isso explica a hesitação dos investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros. Mas o mal-estar é hoje muito mais amplo do que há alguns meses. A profusão de bandeiras e de cobranças nas manifestações de rua das últimas semanas é sintoma de algo muito mais sério que falta de foco. É uma reação às falhas dos administradores e políticos em todos os campos importantes para a maioria dos cidadãos, como a educação, a saúde, a tributação, o transporte, os preços ao consumidor e, naturalmente, a moralidade pública. Leia AQUI.

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