Literalmente mais leve, enquanto pedala nas cercanias do Palácio da Alvorada, tal qual Pollyana rediviva, Dilma Rousseff promete alegremente novos planos que farão o que ela não conseguiu fazer até agora. Por sua vez, Luiz Inácio, com seu habitual sentimento de onipotência, trabalha para que o 5.º Congresso do PT, que se reúne a partir de quinta-feira em Salvador, produza o milagre de apagar os borrões dos últimos quatro anos, pelo menos, e convença os brasileiros de que o que vale é a “esperança”. Criatura e criador fingem ignorar olimpicamente que já não lhes resta credibilidade para prometer o que quer que seja.
Da última vez em que seguiu o marketing à risca, na campanha eleitoral do ano passado, Dilma Rousseff mentiu sem o menor pudor e foi recompensada com a reeleição. Mas a mentira tem perna curta e bastaram poucos meses para os brasileiros caírem na real, dando-se conta de que haviam cometido um equívoco pelo qual terão de pagar durante quatro anos. Agora a presidente da República embarca novamente numa armação do mais puro marketing que consiste na divulgação pela mídia da “figura humana” da chefe do governo. É assim que ela tenta recuperar a popularidade. Esse exercício de simpatia está fielmente descrito na reportagem de Tânia Monteiro publicada ontem no Estado, na qual Dilma Rousseff diz tudo aquilo que acha que deve dizer sobre os principais temas da agenda política. Leia AQUI