Início Saiu na imprensa Em entrevista, Serra defende adoção do parlamentarismo a partir de 2023

Em entrevista, Serra defende adoção do parlamentarismo a partir de 2023

Brasília (DF) – De volta à discussão com a votação da reforma política no Congresso, o parlamentarismo tem sido debatido por diversas lideranças políticas do país, especialmente do PSDB, como o presidente interino do partido, Tasso Jereissati (PSDB-CE). Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (19), o senador José Serra (PSDB-SP) defende a aprovação do modelo e destaca os pontos positivos do sistema de governo. Na avaliação dele, o presidencialismo no país tem sido um “fracasso histórico”. “No parlamentarismo, a troca de governo é uma solução. No presidencialismo, é uma crise”, afirmou.

A reforma política pode ser votada pela Câmara nesta semana, alterando o atual sistema eleitoral para o chamado “distritão”. Serra declarou, no entanto, que defende o sistema distrital misto, onde se divide o Estado em distritos e cada um elege um deputado distrital.

“O candidato pode fazer campanha até de bicicleta. E como é misto, o eleitor vota no candidato e no partido, assim como na Alemanha. Os partidos lançariam menos candidatos, sem dúvida, e se gastaria menos. E ainda tem a questão da legitimidade democrática, que aumenta. Temos de mudar a forma de se fazer eleição para contribuir para moralização e maior representatividade democrática”, explicou.

Questionado sobre a garantia de que o modelo seja implementado em 2022, o senador relatou que o Congresso está procurando uma maneira de negociar para daqui a quatro anos, para valer a partir de 2022, sendo implementado em 2023.

“A ideia é que se vote agora e que se crave na Constituição que nas eleições seguintes haverá o distrital misto. Não dá tempo de implantar no ano que vem, mas acho que seria uma mudança crucial”, apontou.

Na entrevista, o tucano disse que defende que, até lá, sejam adotadas as medidas para a implantação do sistema. “Temos sete presidentes que não terminaram o mandato, desde Getúlio Vargas até a Dilma (Rousseff). Em todos os casos houve uma grande crise. No parlamentarismo, a troca de governo é uma solução. No presidencialismo, é uma crise”, disse.

Momento ideal

Segundo Serra, o momento é o ideal para a adoção do sistema já que, desde a reabertura do processo democrático, o país teve duas quedas de presidente, mostrando a “instabilidade do sistema presidencialista”.

“No parlamentarismo, o voto deve ser mais responsável. Isso porque se o projeto não passa, o governo corre o risco de cair. Compartilha-se mais a responsabilidade”, afirmou.

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