O aumento das mistura de etanol na gasolina, proposto pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), acaba de virar lei. A Lei n° 13.033/2014, sancionada na última semana, autoriza o aumento das misturas de biodiesel ao óleo diesel para 7%, e, de etanol à gasolina, de 25% para 27,5%.
O deputado Thame comemorou a sanção e destacou que após vários meses de intenso trabalho no Congresso e reuniões promovidas por associações e o Ministério de Minas e Energia, o governo tomou a decisão acertada e urgente para salvar os produtores. “Toda a cadeia produtiva de biocombustíveis está ociosa e passa por uma profunda crise, sofre com a falta de investimentos e incentivos do atual governo para continuar produzindo, gerando empregos e outros inúmeros benefícios que advém dos combustíveis limpos”, destacou o parlamentar.
“Aumentar de 25% para 27,5% a mistura de etanol à gasolina é uma pequena diferença, mas significa um aumento de 10% no mercado de álcool anidro. Mercado cativo para esse produto, tão desejado pelo mundo inteiro, que quer abolir essa civilização carbonária que nós construímos com emissão de CO2 e construir uma nova civilização, com combustíveis renováveis”, completou.
Além de estimular a produção, o parlamentar tucano destacou cinco externalidades positivas do uso dos biocombustíveis: melhorar a balança comercial com menos importação de combustíveis fósseis; benefícios para saúde pública com eliminação do chumbo tetraetila; diminuição da emissão de gases de efeito estufa; produção de energia elétrica com o bagaço da cana, além da criação de empregos.
CRISE – O setor sucroalcooleiro enfrenta uma das maiores crises da história. Endividamento, perda da competitividade diante da gasolina e até problemas climáticos afetaram toda a cadeia produtiva. De 2008 a 2014, 66 usinas sucroalcooleiras suspenderam suas atividades ou fecharam definitivamente as portas na região Centro-Sul do Brasil.
Além disso, a crise contaminou a indústria de bens de capital, que já fechou mais de 50.000 vagas.