Até a semana passada, quem visitasse o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar em sua sala na sede da empresa seria recebido pelo executivo e por alguns bustos com o rosto dele mesmo. Foi desse cenário narcisista que Alexandrino teria comandado o pagamento de propinas da empreiteira ao doleiro Alberto Youssef, em contas no exterior, e repassado a Rafael Ângulo, funcionário de Youssef, os comprovantes dos depósitos. Os encontros de Alexandrino com o emissário do doleiro aconteceriam todos os meses.
Foi o próprio Rafael Ângulo quem contou sobre o papel de Alexandrino no esquema de corrupção e sobre as reuniões entre eles ao Ministério Público Federal, há três meses. O depoimento de Ângulo foi um dos principais motivos para que a Justiça Federal decidisse, nesta quarta-feira, decretar a prisão preventiva de Alexandrino. O executivo permanecerá na carceragem da Polícia Federal onde está desde a última sexta-feira, quando foi preso na 14ª fase da Operação Lava-Jato. Leia AQUI