O exagero também faz parte do processo de tomada de consciência. O narigão de Pinóquio, as histórias infantis de bruxas cruéis e de lobos maus, as caricaturas que saem todos os dias nos jornais, os amores inconsequentes de dom Juan, os filmes de Tarantino, o mictório (a fonte) de Duchamp – tudo isso e tanta coisa mais levam doses de exagero, cujo objetivo é realçar verdades e empurrá-las para quem se recusa a vê-las.
Por isso, não fazem sentido críticas de gente do governo que vê exagero e má vontade na revistaThe Economist quando, em matéria de capa desta semana (veja reprodução), escracha as mazelas da economia brasileira. Ou, como não gostou do que leu, a presidente Dilma tuitar que os editores da Economist são “desinformados”. Leia AQUI