Sem respostas adequadas aos que, com base em dados oficiais, apontam para a notória deterioração da política fiscal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou reduzir o impacto negativo dos péssimos resultados das contas públicas relativos a setembro com o anúncio, às pressas, de que o governo reduzirá os gastos com abono salarial e seguro-desemprego. Desse modo, o ministro tenta transformar uma ação de rigorosa auditoria – que seria corriqueira em um governo preocupado em dar o destino adequado ao dinheiro arrecadado da sociedade – ou casos de natureza policial em uma medida de correção da política fiscal, que até agora o governo Dilma não conseguiu apresentar de maneira convincente.