Senadora faltou ao lançamento da campanha. Edinho Silva, presidente do PT paulista, disse que a senadora precisa cumprir seu papel de liderança
Fonte: Veja
A ausência da senadora Marta Suplicy ao evento de lançamento da pré-candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo causou mais uma fissura na campanha pestista. Bastante incomodado com a ausência da senadora, o presidente do PT paulista, Edinho Silva, escancarou o desconforto que diversos petistas manifestavam nos bastidores há meses. “A Marta está errando politicamente, a ausência dela materializa algo muito grave”, atacou. “Ela renuncia à sua liderança política no momento em que o PT mais precisa dela.”
No sábado, Marta, que pleiteava a candidatura à prefeitura e evita a campanha desde o começo, faltou ao evento que oficializou a candidatura de Haddad. “O que a sociedade, as lideranças do PT e inclusive o ex-presidente Lula e a presidente Dilma esperam dela é que ela entenda o projeto político que está em disputa na capital paulista”, afirmou Edinho. ‘Ela tem obrigação de cumprir o papel de liderança nesse processo.” Segundo Edinho, Marta se tornou uma das maiores lideranças do PT não apenas por mérito próprio, mas também como resultado de um projeto coletivo dentro do partido.
A assessoria da senadora tentou diminuir a importância de sua ausência no lançamento da pré-candidatura de Haddad. Em nota oficial curta, informou apenas que “um impedimento de caráter privado” impossibilitou Marta de comparecer ao evento.
Musculatura – Para ele, isso não significa, porém, que o PT esteja abrindo mão da senadora na campanha de Haddad. “Nunca abriremos mão da participação da Marta por tudo o que ela representa”, afirmou Edinho. “Minha intenção é chamar a atenção dela para que reveja essas posições e entenda que o PT e o Fernando Haddad precisam dela neste momento.” E como precisam. Nas primeiras pesquisas de intenção de voto, Haddad não conseguiu superar os 3% de intenções de votos.
Na opinião de Edinho, a campanha de Haddad ganharia “outra musculatura” com o apoio de Marta, que já tem apoio de Lula e da presidente Dilma Rousseff. “Mas se ela infelizmente não entrar, por mais que fiquemos sentidos, vamos buscar a superação disso na força do projeto coletivo”, explicou.
(Com Agência Estado)
