No amplo programa que promete executar para modernizar a infraestrutura logística do País, o governo parece ter relegado a segundo plano a necessidade de aumentar substancialmente a capacidade de estocagem de grãos. Isso não resolveria a situação caótica que se observa no escoamento da supersafra 2012/2013, mas poderia amenizar o congestionamento de estradas e portos, além de permitir a obtenção de melhores preços pelos produtores agrícolas. Como assinalam os especialistas, os investimentos em ferrovias, rodovias e portos vão levar alguns anos para começar a surtir efeitos, enquanto a construção de silos e armazéns poderia amenizar sensivelmente os problemas a curto e a médio prazos, a um custo relativamente baixo.
Enquanto se preveem investimentos de R$ 133 bilhões em ferrovias, por exemplo, calcula-se que com R$ 15 bilhões se poderia zerar o déficit de 35 milhões a 40 milhões de toneladas na capacidade de estocagem de grãos. Segundo a Conab, existem hoje em operação no País 176 armazéns públicos e privados, com capacidade para estocar, no máximo, 145 milhões de toneladas de grãos, enquanto devem ser produzidos este ano de 180 milhões a 185 milhões de toneladas de grãos, 14 milhões a mais que na safra anterior. Leia AQUI