A Prefeitura de São Bernardo, sob a gestão de Orlando Morando, apresentou um novo balanço financeiro do município que constatou um aumento de R$ 143,4 milhões para R$ 196 milhões em restos a pagar. Revelou também um grave endividamento do município, provocado entre os anos de 2009 e 2016, que fizeram a dívida consolidada do município saltar de R$ 289 milhões para R$ 1,2 bilhão.
Em amplo levantamento elaborado, a atual administração certificou um aumento exorbitante de dívidas em outras áreas. Em 2008, o passivo com precatórios judiciais do município somava R$ 95,6 milhões. Hoje, o montante está em R$ 143,5 milhões. Outro fator é com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em 2009, era de R$ 19 milhões e hoje é de R$ 121 milhões. Além do forte endividamento, hoje os cofres estão vazios.
A disponibilidade financeira da administração com os bancos mostra um saldo de R$ 2,9 milhões para investimentos, pouco mais de 1% do montante a pagar. Em 2009, o extrato bancário era R$ 84,9 milhões. Diante da situação adversa, a atual administração prevê que a recuperação financeira vai ocorrer, principalmente obedecendo à nova política de austeridade nos gastos públicos, implementada desde o primeiro dia de gestão.
Entre as medidas, estão à devolução dos carros oficiais para sua locatária, contingenciamento de 30% no orçamento da cidade, e outros 30% na contratação de cargos comissionados, entre outras medidas.