Carece de bons motivos a decisão do governo de postergar a exigência de que os carros que saiam de fábrica a partir de janeiro de 2014 sejam equipados com airbags duplos e freios ABS, equipamentos hoje considerados mínimos para a segurança dos passageiros no mundo desenvolvido. As razões alegadas obscurecem o fato de que a medida tomada é mais um trunfo da aliança entre as grandes montadoras instaladas no país há décadas e os sindicatos do ABC paulista, que têm obtido vantagens corporativas até mesmo um bom tempo antes de um metalúrgico da região, Luiz Inácio Lula da Silva, assumir a Presidência.