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Governo tentará retirar urgência de projeto da saúde, diz liderança

G1

Proposta que regulamenta Emenda 29 está na pauta do Senado desta terça.
Líder do PSDB avisou que vai ingressar no Supremo contra adiamento.

Iara LemosDo G1, em Brasília

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), informou à oposição nesta terça-feira (6) que o governo pretende retirar a urgência da tramitação do projeto que regulamenta a Emenda 29, que define o que é considerado gasto em saúde. A proposta está na pauta do Senado desta terça, junto com o projeto do novo Código Florestal.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da liderança do governo no Senado. Segundo o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), o governo teme uma derrota em plenário, uma vez que a oposição pede que a União destine 10% dos recursos do orçamento para a saúde, o que segundo o governo não seria possível.

Nesta tarde, o líder tucano avisou que, caso a urgência da matéria caia em plenário, a oposição vai preparar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“O líder do governo [Jucá] me avisou que vai apresentar um requerimento retirando a urgência do projeto da saúde. Há um receio do governo em relação ao resultado. Nós vamos reagir. A urgência só vai cair se todos os líderes assinarem. E se nós perdemos no voto, vamos preparar uma Adin no Supremo”, avisou Dias.

A decisão do líder do governo foi comunicada depois de uma reunião entre a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os líderes da base do governo no Senado, na noite desta segunda. Ideli queria saber qual é a posição de cada um dos senadores da base aliada sobre a votação do projeto que regulamenta a Emenda 29.

Nesta manhã, o líder do governo no Senado afirmou que, na análise do governo, a ideia é deixar a votação da proposta da saúde para o próximo ano. “Não temos condições de colocar R$ 35 bilhões na saúde agora. É mais sensato deixar a regulamentação da Emenda 29 para 2012”, afirmou.

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