O crescente deficit da balança comercial da indústria, de US$ 105 bilhões no ano passado, por si só seria motivo de alarme. Quando combinado com a estagnação da produção interna desde 2008, não deixa lugar para dúvidas acerca da existência de um grave problema de competitividade no setor.
A evidente deterioração dos últimos anos começa com a bonança externa – preços de matérias-primas em alta e abundância de capital estrangeiro. A consequente sobra de dólares contribuiu para valorizar o real e deslocar recursos produtivos para setores menos sujeitos à concorrência externa.