A prefeitura paulistana produziu nesta sexta um raro experimento de laboratório em economia. Despejou um balde de dinheiro novo no mercado do crack na região central. O resultado, a inflação da pedra, confirmou a cartilha. Dependentes receberam da prefeitura o primeiro pagamento semanal de R$ 120 por atuar em atividades como limpeza e varrição. Foi um choque potencial de R$ 36 mil na procura pela droga.
Tráfico e consumo de crack são tenazes e flexíveis, podendo desenvolver-se em vários locais, públicos e privados – são temas de repressão policial e saúde pública. É a cracolândia que não precisa necessariamente continuar. A solução, sempre adiada, é sobretudo urbanística.