O doleiro Alberto Youssef, alvo principal da Operação Lava Jato, usava o irmão de um ex-ministro, um agente da Polícia Federal e um condenado da Justiça por crimes financeiros e citado no escândalo do Mensalão para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar e dissuadir a lavagem de dinheiro e manter um “eficiente” sistema de “delivery” do caixa 2.
É o que afirmam o Ministério Público Federal e a Polícia Federal ao descrever o papel dos “mulas” da lavanderia criada por Youssef. Eles utilizavam voos comerciais, jatos particulares e carros blindados para transportar parte dos bilhões de reais que a organização criminosa denunciada movimentou entre 2009 e 2014, em associação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – que virou delator no processo e decidiu contar o que sabe em troca de redução de pena.
“Youssef é líder de uma organização criminosa (…) especializada em operações à margem do sistema financeiro nacional formada por subordinados diretos, parceiros de confiança, ‘laranjas’ e ‘mulas’ que carregam os numerários”, informa em ação penal em que o doleiro é réu, na Justiça Federal do Paraná. Youssef também decidiu colaborar com a Justiça em troca de benefícios. Leia AQUI