Com apoio público de um irmão do presidente Jair Bolsonaro, um ativista partidário tenta organizar um ato contra o Governo de São Paulo neste sábado (1º), Dia do Trabalhador. Candidato derrotado a deputado federal em 2018 pelo PROS, Jackson Vilar da Silva é investigado por incitar violência contra guardas civis metropolitanos, injúria e infração contra medida sanitária. Ele também já foi acusado de estelionato em 2017 e condenado por calote de R$ 55,6 mil em pagamento de material de campanha eleitoral.
O ato convocado pelo ativista não passa de uma cortina de fumaça para os reais motivos dos atuais problemas da população: a inépcia do Governo Federal em enfrentar a pandemia da COVID-19 de maneira minimamente responsável. Prova disso é que Renato Bolsonaro, irmão do presidente da República, também fez um vídeo convocando apoiadores para participar dessa pseudomanifestação.
O Palácio do Planalto negou a gravidade da pandemia quando o coronavírus chegou ao Brasil; comprou e incentivou o uso de medicamentos sem eficácia contra a COVID-19 e que ainda podem provocar efeitos colaterais graves, levando à necessidade de transplante ou morte em alguns casos; foi e é contra medidas de distanciamento social e restrição de circulação para reduzir o contágio; e, mais grave, se recusou a comprar 130 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 em 2020.
O combate à pandemia deve priorizar o desenvolvimento e a aquisição de imunizantes, exatamente como fez o Governo de São Paulo desde julho de 2020 e culminando no início da campanha de vacinação em 17 de janeiro deste ano.
O ato irresponsável e dissimulado convocado por um agitador político, com apoio explícito de um irmão de Jair Bolsonaro, pretende provocar aglomerações nesta manhã na avenida Paulista, atitude contrária a todas as medidas sanitárias imprescindíveis em uma pandemia. Depois, a intenção de Vilar e seus seguidores negacionistas é seguir até o entorno do Palácio dos Bandeirantes, onde pretendem acampar.