VEJA SP – Por Sérgio Quintella
Desde que assumiu, há duas semanas, o controle do estado mais rico do Brasil, com um orçamento de 286 bilhões de reais e um PIB oito vezes maior (2,32 trilhões de reais, mais do que o de países como Polônia, Chile, Bélgica e Argentina), o governador Rodrigo Garcia (PSDB), 47, começou a correr contra o tempo.
Seja para entregar grandes obras ou pequenos feitos em ano eleitoral, seja
para se descolar da atual imagem de seu antecessor, João Doria (PSDB), ele
tem adversários na corrida eleitoral ao governo que estão à sua frente nas
pesquisas, caso de Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e em alguns
cenários o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos),
o postulante apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda desconhecido pela maioria absoluta dos eleitores paulistas (85% não sabem quem é o novo governador de São Paulo, segundo o Datafolha), Garcia diz que não é hora de falar em eleição e acredita que conseguirá reverter seu desconhecimento quando a campanha começar para valer, a partir de agosto.
“Mas já tem gente me conhecendo na rua, viu? Hoje fui a uma padaria e uma mulher perguntou se eu era o governador”, ri o tucano, que recebeu Vejinha em seu gabinete no último dia 2, enquanto preparava a mudança definitiva para o Palácio dos Bandeirantes. Além da esposa e dois dos três filhos (a filha mais velha mora na Itália), ainda se mudarão para o local quatro cachorros, um gato e um coelho.
De perfil mais discreto e menos suscetível a embates públicos na comparação com o ex-chefe, Rodrigo Garcia optou por tomar posse em uma unidade do Bom Prato, na favela de Paraisópolis, a poucos quilômetros do Palácio dos Bandeirantes, em vez de fazer um grande evento, como todos os seus antecessores, e congestionar corredores, salões, auditórios e a Avenida Morumbi.
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