Por SP2 — São Paulo
A letalidade policial caiu quase 40% em cinco anos no estado de São Paulo. Em 2017, 941 pessoas morreram em ações envolvendo policiais civis e militares em serviço e de folga. No ano passado, foram 570.
A diretora-executiva do Fórum de Segurança Pública, Samira Bueno, explica que a queda tem relação com uma decisão política institucional e que isso aconteceu em São Paulo depois que nove jovens morreram durante uma ação da Polícia Militar em um baile funk na favela de Paraisópolis em dezembro de 2019. Doze pessoas que também se feriram na ação daquela noite sobreviveram.
“A partir disso você tem a troca do comando geral da Polícia Militar e uma série de iniciativas com foco no controle da atividade da PM. A mais conhecida da população são as câmeras corporais, claro que isso só foi possível porque temos uma série de ações de gestão que foram incluídas por parte da PM no acompanhamento e de monitoramento das operações”, afirma Samira.
Segundo a Polícia Militar (PM), a queda na letalidade é constante por conta de medidas que vão desde o fortalecimento da disciplina até o uso de equipamentos menos letais.
“Quando colocamos esses números de mortes por 100 mil habitantes, a Polícia Militar do estado de São Paulo está entre as instituições menos letais, com a taxa de 0,9 morte por 100 mil habitantes”, afirma major Rodrigo Cabral, porta-voz da PM.
Neste ano, a PM paulista terá mais 7 mil câmeras portáteis nos uniformes de seus agentes para tentar conter eventuais desvios de conduta, abusos de autoridade e violência policial.
Os equipamentos que gravam tudo automática e ininterruptamente, sem que o agente precise acioná-los, começaram a ser usados pela primeira vez em junho de 2021. Eles são chamados de Câmeras Operacionais Portáteis (COP).