Os portos do país serão insuficientes para atender os fornecedores das companhias de petróleo com o crescimento da produção no pré-sal. Só o campo de Libra, o primeiro a ser leiloado, na segunda-feira, no regime de partilha de produção, deverá requerer entre 12 e 15 plataformas de produção.
Cada uma é atendida por quatro barcos de apoio marítimo que transportam insumos e mantimentos. Assim, Libra deverá demandar mais 48 embarcações que vão se juntar à frota de apoio marítimo hoje em operação, formada por 453 barcos. Estima-se, com base em números da Petrobras, que até o fim da década essa frota possa chegar a 750 embarcações. Mais barcos exigem mais portos.
Há um número considerável de projetos para construir terminais portuários privativos especializados em serviços para a indústria de petróleo e gás. Esses projetos se estendem de Vitória, no Espírito Santo, até Angra dos Reis, no sul fluminense. E incluem empresas como Bram Offshore, LLX, BR Offshore, DTA e Technip. Boa parte deles está focado em atender as demandas futuras do pré-sal nas bacias de Campos e de Santos.