Entre janeiro e julho, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) superaram R$ 102 bilhões, atingindo R$ 190 bilhões nos últimos 12 meses, aumentos de 50% e de 38% em relação aos períodos precedentes. O recuo de 3,9%, entre julho de 2012 e julho de 2013, foi visto apenas como uma moderação da velocidade da expansão do crédito, após uma fase de crescimento acelerado, mas pode ser mais do que isso.
Braço oficial do crédito de longo prazo, a qualidade das operações do banco começa a inspirar preocupação. Montantes elevados foram concedidos a companhias malsucedidas ou com ganhos cadentes, como LBR Lácteos, empresas do Grupo X, Marfrig e Eletrobrás. A subsidiária BNDESPar adquiriu participações que deram prejuízo. O BNDES pagou caro, há dias, para captar US$ 1,25 bilhão em títulos. A classificação de risco está em reavaliação pelas agências de rating. E o banco já admite que poderá reduzir o ritmo de expansão nos próximos meses.
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