O governo vai depender mais uma vez de receitas extraordinárias para fechar suas contas e entregar o resultado fiscal prometido para este ano, um superávit primário de R$ 80,8 bilhões no balanço conjunto do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência. O superávit primário é o dinheiro separado para o pagamento de uma parte das obrigações da dívida pública.
Sem disposição para economizar e racionalizar os gastos, a equipe econômica tem recorrido, nos últimos anos, a soluções heterodoxas para atingir a meta oficial. Essa disposição é ainda mais duvidosa em ano de eleição. Mas o compromisso tem sido reafirmado. A promessa, no entanto, vai além daqueles R$ 80,8 bilhões. A economia total fixada para o ano, de R$ 99 bilhões, dependerá, segundo o plano original, da contribuição de Estados, municípios e empresas controladas pela União. Se a contribuição efetiva ficar abaixo da programada, a diferença será coberta por um esforço maior das entidades federais, segundo anunciou há meses o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Leia AQUI.