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Mantega e a solidez imaginária

Fundamentos sólidos são uma das condições para um crescimento econômico sustentável nos próximos anos, disse à imprensa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, num aparente arroubo de realismo. Essa foi uma de suas poucas afirmações incontestáveis na entrevista concedida em Brasília na terça-feira, depois de uma reunião na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Bons fundamentos incluem finanças públicas em ordem, inflação sob controle e segurança nas contas externas. O ministro parece acreditar na existência dessas condições. Nisso coincide com sua chefe, a presidente Dilma Rousseff, mas essa crença conflita com os dados e a maior parte dos analistas independentes sabe disso. O aparente realismo durou pouco. Segundo Mantega, o Brasil está bem na foto – ele se referia ao cenário global – e cresce mais que outros países. Essa foto só deve ser visível em sua mesa. O crescimento brasileiro é de fato maior que o de vários países avançados, mais envolvidos na crise global, mas tem sido e continua sendo bem menor que o de muitas economias emergentes e em desenvolvimento, incluídas aquelas mais dinâmicas e mais arrumadinhas da América do Sul.

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