A informação é da reportagem de Breno Costa e Renato Machado publicada na edição desta quarta-feira da Folha.
O MEC vai gastar cerca de R$ 110 milhões na compra de tablets para serem usados em sala de aula, mesmo sem ter produzido um estudo definitivo sobre o uso pedagógico dos aparelhos. Uma licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos teve início na semana passada, ainda na gestão de Fernando Haddad.
De acordo com o texto, a pasta afirmou que o desenvolvimento do método pedagógico vai acontecer na prática, após a aquisição das máquinas. Recursos digitais mudam muito a forma de aprendizado e até o jeito de resolver provas. Pais devem saber como tecnologia é usada na aula e quando o projeto estiver desenvolvido e puder realmente ser aplicado com eficiência, há a possibilidade de que os tablets já estejam obsoletos.
Os equipamentos serão usados na formação de núcleos, como parte de um plano piloto, em que professores e alunos trabalharão com os tablets para depois disseminarem o aprendizado. Segundo a pesquisadora da UFRGS (Federal do Rio Grande do Sul) Léa Fagundes, coordenadora do programa ministerial no Sul e no Amazonas, pedagogos não foram consultados sobre a compra dos equipamentos. A pesquisadora é favorável ao uso da tecnologia.
