Que o Brasil exporta menos do que precisaria exportar – e importa mais do que deveria importar em vista da deterioração das contas externas – é fato inconteste, vistas as estatísticas do comércio exterior. Em quatro semanas deste mês, o déficit comercial foi de US$ 3,65 bilhões, não muito inferior ao déficit de janeiro de 2013. Além de pressionar o câmbio e acentuar a desconfiança com a política econômica, a fragilidade das exportações é acompanhada da diminuição do número de exportadores, ou seja, acelera a concentração econômica num setor que se caracteriza pelo dinamismo.
Empresas exportadoras disputam os mais vastos, complexos e sofisticados mercados globais com países emergentes e desenvolvidos. Tendem a se tornar, assim, empresas de ponta, aptas a oferecer, no mercado interno, produtos com a qualidade exigida no exterior.