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Muita promessa, pouca obra

Embora se esforce para parecer otimista na avaliação de sua administração, que já completou um ano e meio, o prefeito Fernando Haddad não consegue esconder as graves dificuldades que enfrenta – e que conhecia muito bem antes de ser eleito – para cumprir seu ambicioso programa. A distância entre a realidade e as promessas, à qual ele parece ter preferido fechar os olhos durante a campanha, surge com muita clareza em entrevista por ele concedida ao jornal Valor.

O cenário que se delineia para o restante de seu mandato não é animador, porque, se por um lado os obstáculos são inquestionáveis, por outro os principais elementos de que Haddad pode se valer para superá-los estão fora de seu alcance. As despesas da Prefeitura estão crescendo mais rapidamente do que as suas receitas – 16% no primeiro quadrimestre deste ano ante apenas 5,5%. Quanto às medidas que podem eliminar tal diferença e reverter essa tendência, como ele próprio reconhece, são uma decisão favorável da Justiça sobre o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que renderia R$ 800 milhões; a aprovação da reforma do Imposto sobre Serviços (ISS), que traria mais R$ 350 milhões; e a mudança do indexador da dívida da Prefeitura com a União, que garantiria recursos para investimentos. Leia AQUI.

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