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Na marca do pênalti

A presidente Dilma Rousseff deve estar se perguntando o que foi que fez de errado ao seguir à risca os conselhos de seu patrono Luiz Inácio Lula da Silva e do seu marqueteiro João Santana para virar o jogo de seu crescente desprestígio. Nos últimos tempos, como a instruíram, ela praticamente só fez expor-se, expor-se e expor-se. Ou abrindo a residência oficial do Alvorada a diferentes grupos de jornalistas, em jantares nos quais não só aceitava responder ao que quisessem, mas ainda – para mostrar ao eleitorado, por meio deles, a sua “face humana” – lhes repassava a sua inigualável receita de bacalhoada.

Ou percorrendo o País inteiro, como a candidata em campanha que é, para ser o centro das atenções em eventos criados só para isso, reproduzindo o que o Lula fazia em 2010 ao carregar o seu “poste” para todo lado. Ou convocando redes nacionais para se vangloriar dos seus feitos, prometer um futuro ainda mais superlativo e ir para cima da oposição. Ou, o que dá no mesmo, sendo a estrela do programa eleitoral e dos spots de propaganda do PT. Nos meses recentes ela há de ter falado urbi et orbi mais vezes do que nos três anos anteriores de mandato. E o que isso lhe rendeu na percepção alheia? Uma torrente de más notícias. As duas de anteontem, então, foram um naufrágio. Uma pesquisa simplesmente deixou a sua reeleição na marca do pênalti. E o PMDB a castigou aprovando o apoio a ela nas urnas de outubro por uma maioria vexatória de tão aquém das expectativas. Leia AQUI.

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