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O desastre fiscal de Dilma

É sistemática, e vem se acentuando, a deterioração das finanças públicas ao longo do governo Dilma. A redução rápida e até agora incontida do superávit primário – necessário para o pagamento da dívida pública e para comprovar uma gestão criteriosa e responsável dos recursos do contribuinte – desde o primeiro ano do mandato da atual presidente torna risível a tentativa do secretário do Tesouro, Arno Augustin, de atribuir a “várias especificidades” os maus resultados de setembro, bem piores do que as estimativas mais pessimistas.

Se há uma especificidade real que os justifique é a irresponsável política fiscal do governo do PT, que, mesmo num quadro de dificuldades econômicas que comprimem as receitas, vem aumentando as despesas e tentando encobrir suas consequências por meio de artifícios contábeis. A contabilidade criativa tornou-se a especialidade – ou será especificidade? – da atual política fiscal.

As contas do governo central (calculadas com base nas receitas e despesas do Tesouro Nacional, do Banco Central e do INSS) registraram em setembro um déficit de R$ 10,473 bilhões, o pior resultado desde dezembro de 2008. É também o pior resultado para o mês de setembro nos últimos 17 anos. Note-se que o resultado de agosto já tinha sido o pior para o mês em toda a série histórica de resultados do governo central.

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