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O investimento emperrado

Com vento a favor, otimismo e muito empenho, governo e setor privado voltarão a investir em máquinas, equipamentos, edificações e infraestrutura, neste ano, algo próximo de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a nova projeção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Se tudo correr bem, a capacidade produtiva ficará um pouco maior e tecnicamente mais atualizada e a economia nacional ganhará alguma eficiência. Apesar desse esforço, o País ainda ficará muito atrás das economias dinâmicas da Ásia, onde o investimento geralmente supera com folga a marca de 30% do PIB e se aproxima, nos casos mais notáveis, de 40%. Além disso, taxas entre 25% e 30% vêm-se tornando comuns na América Latina, graças a uma boa combinação de poupança interna e captação de recursos externos. No ano passado a política de investimentos fracassou, mais uma vez, apesar do alarde sobre o avanço dos programas oficiais e da liberação de recursos do Tesouro para os bancos controlados pela União. No terceiro trimestre, o total investido ficou em 18,7% do PIB, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com alguma pequena melhora nos três meses finais, dificilmente o cenário terá ficado muito diferente.

 

O valor investido entre 2013 e 2016 será 28,9% maior que o aplicado entre 2008 e 2011, segundo projeção do BNDES. Os números de 2012 ficaram fora da comparação. A maior parcela dos novos investimentos (R$ 1,03 trilhão) será destinada à indústria, de acordo com as projeções, e ficará 22% acima da contabilizada entre 2008 e 2011. O segundo maior valor (R$ 489 bilhões) será aplicado na infraestrutura, mas a expansão, de 36,2%, será bem mais acentuada. O total previsto para serviços (R$ 217 bilhões) também terá um aumento considerável de 36,7%. Leia AQUI

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