A presidente Dilma Rousseff conseguiu algo de que não se tem lembrança na crônica dos governantes brasileiros: ser vaiada tentando dar uma boa-nova. Os apupos vieram de uma parte dos 1.900 prefeitos e vereadores que lotavam o auditório onde se realizava a 16.ª Marcha dos Prefeitos. O evento é promovido todo ano em Brasília pela Confederação Nacional dos Municípios, o grupo de pressão dos entes menos favorecidos da República Federativa – a grande maioria dos 5.565 burgos do País, dos quais cerca de mil nem sequer têm renda própria.
Prefeitos já haviam vaiado a presidente em 2012 quando, na abertura da Marcha, tratou da divisão dos royalties do petróleo. Tornaram a vaiá-la desta vez por ter se ausentado do início do encontro. E vaiaram o seu discurso na sessão de encerramento porque, falando temerariamente de improviso, ela disse que repassaria às prefeituras um total de R$ 3 bilhões para educação e saúde, em vez de ressaltar o pacote de bondades acondicionado no Planalto que soma R$ 20,4 bilhões e inclui verbas para o custeio das prefeituras – reajustando em 1,3% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Leia AQUI.