A política energética tem graves problemas, como os subsídios aos consumidores de derivados de petróleo (que há anos afetam a Petrobrás) e o rebaixamento artificial dos preços da eletricidade, decidido no final do ano passado, que elevou o risco das empresas de energia (especialmente geradoras e distribuidoras). E, agora, desponta a possibilidade do aparecimento de novos gastos – ou de “esqueletos” – na contabilidade da energia elétrica, como revelou reportagem do Estado de sábado.
São três os pontos que poderão trazer custos bilionários para o setor: o primeiro diz respeito à remuneração do serviço de transmissão de energia decorrente de investimentos realizados antes de maio de 2000, uma data de corte definida pelo governo ao baixar as novas regras, em 2012. Falta, no caso, a definição da agência reguladora (Aneel) da metodologia para pagar indenizações superiores a R$ 10 bilhões.