BRASÍLIA – Em comum, Dilma Rousseff e Fernando Haddad gostam de exibir cifras grandiloquentes, na casa das dezenas de bilhões, forjadas à base de somas heterodoxas e previsões generosas.
Talvez por isso tenham caído nas graças de Lula, outro amante dos números bombásticos, que escolheu uma e outro para improváveis candidatos vitoriosos do partido, respectivamente, ao Palácio do Planalto e ao comando da maior cidade brasileira.
Entre as diferenças, Dilma colecionou recordes de popularidade e, mesmo após algumas avarias, ainda ostenta 41% de aprovação, segundo o Datafolha –enquanto Haddad encerra seu primeiro ano de mandato considerado bom ou ótimo por apenas 18% dos paulistanos.
Ainda que as pretensões de opulência econômica tenham escorrido entre seus dedos, a presidente dispõe de um legado a preservar, cultivado nos tempos das vacas gordas. Anos de fartura de dólares em exportações e de reais em impostos permitiram tornar o país mais resistente às intempéries internacionais, menos pobre e menos desigual.Leia AQUI