Nicolau Maquiavel deve estar dando festa no céu (ou será inferno?) ao acompanhar, com orgulho, a saga da economia brasileira. Ele já dizia, há séculos, que na hora de fazer o mal, é preciso fazê-lo de uma só vez, para que a dor passe rápido. Dizia ainda que o hábito de violar as leis para fazer o bem autoriza, em seguida, a violá-la para disfarçar o mal. O ministro da Fazenda Joaquim Levy, tendo lido ou não “O Príncipe” do florentino famoso, mostra que concorda muito com suas teorias.
Levy acaba de anunciar aumento de impostos para o crédito, para a gasolina e para as importações. Ele recoloca as “regras” que foram violadas no passado recente, que pareciam fazer o bem, mas disfarçavam um mal tremendo para a economia. O mesmo pode-se dizer da decisão de transferir para os consumidores a responsabilidade pelo rombo nas companhias elétricas. Quem achava que o governo fazia o bem ao reduzir a conta de luz com a caneta hoje vai pagar pelo mal imposto por esta escolha. Leia AQUI.