Mais que um tropeço, o fraco desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre, com expansão de 0,6% em relação aos três meses anteriores, é um péssimo prenúncio. Se o ritmo for mantido, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará apenas 2,4% neste ano, menos que nos primeiros 12 meses de governo da presidente Dilma Rousseff.
A cúpula federal havia decidido, segundo informou o Estado na terça-feira, batalhar por um crescimento de pelo menos 2,7%, igual ao de 2011 – algo parecido com uma questão de honra. Pelos números divulgados na quarta-feira, a luta por esse objetivo será mais dura do que devem ter imaginado, poucos dias atrás, os formuladores da política econômica. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, referiu-se ao ritmo atual de atividade como equivalente a 2,2% ao ano, ao comentar os novos números das contas nacionais.
Pelo menos o investimento cresceu vigorosamente e isso aponta maior capacidade de produção nos próximos tempos, podem argumentar as autoridades. O volume de recursos destinado à compra de máquinas e equipamentos, à construção civil e a obras de infraestrutura foi 4,6% maior que o do trimestre final de 2012. Isso é consequência, segundo o ministro da Fazenda, dos estímulos proporcionados pela política oficial. Mas o aumento indicado pelos novos números nem sequer compensou a forte retração do ano anterior. Leia AQUI