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Política para mulheres avança pouco com Dilma

A chegada da primeira mulher ao cargo mais alto da República obrigou a troca do “presidente” por “presidenta” nas placas oficiais, mas os avanços nas políticas de gênero desde então ainda são tímidos.

Principal programa da gestão Dilma Rousseff na área, a política de enfrentamento à violência contra mulheres foi aprovado pelo Congresso, mas não saiu do papel até agora. A proposta prevê R$ 305 milhões para a construção de casas que abrigariam vítimas de violência. A Secretaria de Políticas para as Mulheres, que tem status de ministério e é vinculada à Presidência, diz que as casas começarão a ficar prontas só neste ano, pois o processo “é demorado”. Isso porque os Estados têm de aderir ao programa e as prefeituras devem oferecer os terrenos para a construção das casas. Por ora, 13 capitais fizeram contratos. A próxima etapa é a licitação.

Segundo o pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e um dos organizadores do Mapa da Violência, estudo anual com dados de violência utilizados como referência pelo próprio governo federal, em 2011 foram 85 mil notificações do Ministério da Saúde de violência contra a mulher, número que saltou em 2012 para 106 mil. Em 2013 foram 95 mil, segundo dados ainda não consolidados.

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