Foi preciso que a presidente reeleita, em entrevista semana passada, admitisse, na contramão do que dissera na campanha eleitoral, que é necessário um ajuste fiscal, para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciasse cortes em gastos de fato incompatíveis com uma economia minimamente equilibrada. Todos considerados “sociais”, portanto intocáveis nos últimos tempos, até atingirem um volume inconcebível num país que passou a acumular déficits primários — saldo negativo antes de se considerar a despesa financeira (juros).
Nada a estranhar, pois nenhum ministro da Fazenda contrariará o chefe, mesmo que esteja em aviso prévio. Ressalve-se, apenas, a exótica explicação de Mantega de que cortes podem ser feitos porque a economia está entrando “em novo ciclo de expansão”. Ora, o ajuste é imprescindível a fim de preparar terreno para o crescimento, tirando o país da estagnação. Portanto, é o contrário. Leia AQUI.