Ao mesmo tempo em que o mercado prevê, pela primeira vez, uma expansão abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) este ano, economistas são unânimes em afirmar que o crescimento potencial da economia brasileira — patamar no qual o PIB pode avançar sem pressões inflacionárias — se reduziu nos últimos anos. Gargalos de infraestrutura, falta de investimentos, mercado de trabalho aquecido e oferta menor de mão de obra são alguns dos fatores que contribuem para esse movimento. Já há quem estime hoje que o potencial de expansão a longo prazo no país esteja abaixo de 3%, como é o caso de José Marcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista da Opus Gestão de Recursos, e do economista do Itaú Unibanco Aurélio Bicalho. Mesmo quem faz projeção maior, de 3,8%, como é o caso do economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, admite que a capacidade de o Brasil crescer sem inflação é menor hoje do que já foi um dia. Pesquisa do Banco Central (BC) em outubro de 2010 com participantes de mercado apontava uma estimativa média de PIB potencial de 4,4%. Leia AQUI.