Para usar clubes da comunidade (CDCs) da Prefeitura de São Paulo, jovens da periferia pagam mensalidades de até R$ 86. Quem recebe o dinheiro são patronos de times de futebol de várzea que mandam e desmandam em espaços públicos. Em regiões carentes e sem opções de lazer, esses times transformaram clubes reformados recentemente pelo governo em franquias de escolinhas do Corinthians e do Santos. Alguns têm bares com shows de pagode nos fins de semana. Só entra quem pode pagar.
Pela primeira vez em três décadas, o governo municipal quer reassumir os CDCs e transformar alguns deles em “rolezódromos” para jovens e adolescentes realizarem bailes funk. Ao todo, são 298 clubes da comunidade na capital. Em pelo menos sete deles, o governo de Fernando Haddad (PT) quer colocar iluminação e permitir os “rolezinhos” que jovens passaram a fazer em parques e shoppings desde dezembro.