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Uma encenação patética

O escândalo da Petrobrás revela agora sua face patética, protagonizada pela presidente Graça Foster: “A gente não queria que nada disso tivesse acontecido. Para não acontecer, teria que ter criado barreiras anteriormente. Mais fortes do que as barreiras que foram criadas”. Se isso não for uma confissão de incompetência diante de sua obrigação de evitar que “tivesse acontecido”, só pode ser uma mensagem cifrada para quem tinha poder para “não querer” que acontecesse. Ou seja, no olho do furacão no qual ninguém mais no governo parece se entender, Graça Foster pode ter-se permitido um singelo ato de penitência… ou o desabafo, na forma de um chute no pau da barraca. Ou as duas coisas juntas. A esta altura, não faz muita diferença.

 Esse espetáculo foi oferecido aos jornalistas que, na quarta-feira passada, compareceram a um café da manhã com toda a diretoria da Petrobrás, um encontro de confraternização de fim de ano ao qual faltou, por razões óbvias, o caráter festivo. Graça Foster aproveitou a ocasião para esclarecer que já procurou Dilma Rousseff “três, quatro” vezes para demitir-se. Leia AQUI

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